what a mess!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011 |

sabe o que mais me incomoda? essa confusão. essa coisa de não saber o que acontece, o que vai acontecer, o que querem dizer as coisas que estão acontecendo e, acima de tudo, o que fazer em relação a tudo isso. às vezes parece que minha cabeça vai explodir. às vezes só tenho vontade de sumir, fugir de tudo, e deixar passar. voltando pra casa hoje, quase peguei a estrada pra, sei lá, rio de janeiro ou belo horizonte e fui. é claro que não fui, foi só um devaneio. mas que deu vontade, deu. seria bom, pra sair de perto de tudo isso que tá me enlouquecendo. e não, não são todas as coisas aqui que estão me enlouquecendo, não é isso. é só que a vida anda tão complicada que dá vontade de escapar dela, às vezes.

o pior de tudo é saber que não adianta fugir, porque os problemas nos seguem wherever we go. e nem posso dizer que tudo são problemas, também. acho que hoje tô mais incomodada com tudo, deve ser o stress. acho que hoje tenho pouco a dizer, só esse desabafo e o meu leve desconforto com a vida. preciso muito de tempo. nem sei se muito tempo, mas preciso muito de tempo. preciso me desligar de tudo e focar no que é importante e construtivo. só espero fazer as escolhas certas, daqui pra frente :)

quem vai saber?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 |

tudo é diferente. tudo está diferente. é difícil me adaptar a essa nova realidade. juro que estou fazendo o melhor que posso (sabendo que isso inclui todas as minhas frequentes falhas), mas ainda assim não é fácil. é complicado acostumar com a falta daquela companhia, com a falta daquelas ligações e mensagens de celular. foi muito tempo, muita coisa vivida, pra acostumar com essa nova vida. alguns podem dizer que estou exagerando, que estou fazendo tempestade em copo d'água. para esses, eu digo que estou apenas sendo eu mesma. sincera com tudo o que sou e sempre fui, com tudo o que sinto e penso. admito todos os dias as falhas que tive, sabendo que talvez pudesse tê-las evitado, mas no fundo sabendo que não poderia. porque, mesmo no meio de tudo isso, eu ainda sou eu mesma, sem interferências. mesmo sabendo tudo o que eu não deveria fazer, e tudo o que deveria ser feito de outro jeito, eu ainda sou eu mesma nos momentos mais cruciais, e é isso o que me derruba, às vezes.

nesses casos, menos mal. pelo menos eu sei que ainda sou eu mesma, até nas quedas. e serei eu mesma pra sempre nas subidas. sei que nada será como antes, amanhã ou depois de amanhã. sei que tudo isso vai passar, mais rápido do que eu acho agora, e sei que tudo será melhor no futuro próximo em que isso acontecer. mas para que tudo isso seja bem sucedido, é preciso que eu viva todos os momentos, todas as partes do processo, pra que nada fique perdido no caminho. são esses pedacinhos do coração que a gente esquece de consertar que depois vão ser os mais necessários. são essas coisinhas pequenas que parecem ser sem importância, todas elas depois se revelando o centro do universo. é complicado.

eu me lembro de outros momentos como esse, nenhum igual, de nenhuma maneira, mas outros semelhantes, em que parecia ser mais fácil. ou pelo menos incomodava menos, parece. não sei dizer. sei que a rotina ajuda muito a dificultar o processo. sei que é intuitivo esperar aquela ligação ou aquela mensagem, ou até mesmo aquela presença. aquela visita. preciso ficar o tempo todo dizendo pra mim mesma: agora não é mais assim. não precisamos disso para a felicidade. e depois de tudo o que passou, essa é a melhor coisa a fazer. e assim vou acalmando meu coração. ainda assim, é complicado. 

às vezes ajuda ouvir músicas tristes, como estava conversando com uns amigos esses dias. uma acha que só ajuda a derrubar mais a pessoa. outro acha, como eu, que às vezes é bom para pôr os pensamentos em ordem. eu acho que é bom saber usar. tem momentos que as músicas tristes só servem pra te fazer chorar e sofrer. não foi o caso comigo. eu só estava refletindo sobre as letras das músicas, o que elas representavam pra mim e como elas podiam ajudar nesse processo. acho que tirei bom proveito delas, de um jeito ou de outro. 

no fim das contas, quem é que vai saber o que se passa? nem eu sei dizer direito. sei que vou atualizando um amigo muito querido periodicamente dos meus progressos e falhas. ouço broncas dele, e dou broncas nele por outras coisas, mas vamos seguindo. aos poucos a gente vai encontrando outras fontes de sorrisos e companhias. nem sei dizer se quero preencher esse espaço. sinceramente, acho que não. nem acho que valha a pena tentar. algumas coisas precisam de tempo para se recomporem. 

e é o que eu estava falando com esse amigo hoje, e é o que eu disse lá em cima. não vou deixar de ser eu mesma em nenhum momento. não é porque estou aqui, nessa conjuntura, que vou apelar para métodos radicais, infrutíferos, pouco ou nada satisfatórios e/ou prazerosos, além de ter sérias chances de arrependimento posterior. o que acontece é que não me acrescenta nada ter uma experiência completamente vazia de sentimento. não acho em nenhum momento que tudo tem que ser megaprofundo e significativo, não é isso. mas eu sou a favor das coisas que têm alguma razão. alguma relação. alguma ligação, por mínima e mais momentânea que seja. aquilo é o que acalma e conforta o coração e a mente de uma garota como eu. não é preciso nem manter contato, se assim for o contexto. só é preciso ter ligação e significado na hora. e é só assim que é bom. ou pelo menos no meu conceito de bom.  

de qualquer maneira, não estou a procura nem a espera de nada. como nunca estive, se bem me recordo. por agora só procuro e espero me acostumar. porque é só disso que eu preciso. ou quem sabe um pouco mais de alguma coisa, que ainda preciso descobrir. só espero que dê tudo certo o mais rápido possível :)